terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O Confort WC do Frango Assado



O dia da festa da agência ainda me renderia mais uma grata surpresa. Voltando para o litoral lá pelas 4 da tarde, percebi que o café reforçado feito logo de manhã já estava fazendo efeito. Assim, antes de pegar a Imigrantes, passei no Frango Assado, rede famosa de lanchonetes, localizada em diversas estradas de São Paulo.

Por se tratar um estabelecimento que atrai, desde famílias até caminhoneiros 24 horas por dia, já imaginava que as instalações fossem grandes e limpas o suficiente. Inclusive era visível que o chão houvera sido limpo não havia nem 5 minutos antes e um gostoso aroma de pinho tomava o ar. Mas quando entrei, vi que esse banheiro tinha um algo mais. Entre as várias cabines à disposição, havia uma em especial que me chamou a atenção por ser, digamos assim, VIP: era hora de eu conhecer o Confort WC.

Inicialmente achei que fosse apenas uma cabina para deficientes físicos, mas não havia barras de apoio, nem nada. Na verdade é como se fosse um banheiro particular, com direito a pia dentro e tudo o mais, só para deixar o usuário totalmente à vontade.

Sei que existem muitas pessoas que têm problemas em fazer suas necessidades mais sólidas em banheiros, seja na empresa onde trabalha, seja em lugares públicos. Refletindo sobre o assunto enquanto estava por lá, cheguei a imaginar que aquela cabina funcionasse como algum projeto antropológico, oferecendo às pessoas mais tímidas um lugar naquele enorme banheiro para chamar de só seu.



Divagações à parte, a decoração dela em si é funcional e prática, da maneira que deve ser um local de tão grande movimentação. Ainda assim, a mesma é agradável e bem espaçosa, com uma iluminação natural, complementada por luzes indiretas. De qualquer forma, se tivesse um jornal ou uma revista, até poderia lê-los sem problemas, tamanha a calmaria.



Claro que a idéia poderia ser ainda melhor explorada, com alguns luxos a mais e um papel higiênico de melhor qualidade, aproveitando tudo que o nome Confort WC poderia proporcionar. Ainda assim, deixei o Frango Assado impressionado com a iniciativa e com a sensação de que não encontraria banheiro mais sui generis que este em 2008.

Cotação: 3,5 privadas.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Festa da Agência - Casa da Lua Cheia



Ah, o fim de ano. Época mágica, na qual festas, comemorações e motivos para celebrar se fazem presente. E na agência onde trabalho não poderia deixar de ser diferente. Assim, dia 20 de dezembro, rumamos todos lépidos e fagueiros rumo à grande festa da empresa, que realizar-se-ia na Casa da Lua Cheia, em Cotia, na grande São Paulo.

Apesar do nome fantasmagórico, mais apropriado, quiçá, para uma festa de Dia das Bruxas, o local era bem agradável, com uma ampla área aberta, piscina, quadra de futebol e, claro, banheiros, muitos banheiros.

Àquela altura da manhã, depois de degustar um delicioso café da manhã, confraternizava com alguns amigos, quando resolvemos conhecer melhor as depedências da casa principal. Em estilo normando, era decorada com móveis em estilo colonial e lareira, o que dava um ar de fazenda kitsch. Reparava nisso quando me deparei com o lavabo da residência, o que já me deixou cheio de idéias. E como me conheço bem, sabia que estas seriam logo realizadas.

Meia-hora mais tarde voltei, agora sozinho, ao local para uma segunda visita. Ao me sentar, achei curioso que haviam três rolos de papéis higiênicos colocados como se fossem enfeites no batente à minha frente, enquanto que no lugar onde deveria ter um não havia nenhum. Poderia ser uma grande oportunidade de oferecer três tipos diferentes de papel à escolha do freguês, mas minhas expectativas se mostraram altas demais: eram todos iguais mesmo.





O charme rústico mantinha-se no piso, enquanto nas paredes, azulejadas de cima abaixo quadrinhos de banheiras davam a possibilidade de alguma distração. Isso e a janela logo ao lado do vaso, na qual se ouviam alguma bossa nova na picape do DJ, além da algazarra de todos lá fora. Porém, nestas horas a concentração fala mais alta e fiz tudo sem maiores problemas.



Um banheiro que, de certa forma, me fez me sentir em casa, apesar de ser um local especial para eventos, como foi o daquele sábado de sol.

Cotação 3,5 privadas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Píer do Chopp - Santos

Era um lindo sábado na cidade de todos os santos. O sol brilhava forte, o céu estava de um azul profundo e a brisa que vinha do mar nos refrescava do calor infernal que geralmente nos assola nesta época do ano. Entre os vários turistas que visitavam a Baixada, estava um grupo de amigos em visita. Eu, como um bom anfitrião, não poderia me negar a mostrar um pouco das belezas de Santos e as recebi à altura.

Assim, após pegar uma praia e uma visitar o Aquário Municipal, onde conhecemos os pinguins, o Nemo, o Macaezinho e diversas espécies de peixes, crustáceos e afins, rumamos ao Píer do Chopp, lugar privilegiado na Ponta da Praia, onde àquela hora era mais que perfeito para assistirmos a saída dos transatlânticos que saem pelo canal do porto toda semana.

Ao final de uma bela porção de lula à dorê, conversávamos tranquilamente numa mesa com a Fortaleza de Santo Amaro como testemunha, quando percebi que o local tinha potencial para algo mais. Era a natureza pedindo passagem novamente e não poderia me fazer de rogado: deixei a mesa e fui ao banheiro.

Não era a primeira vez que ia ao Píer, muito menos ao seu banheiro, dessa forma já esperava mais ou menos o que esperar. Porém, como era a primeira vez executando o número 2, fui obrigado a olhar o recinto com outros olhos. E realmente as instalações eram bem austeras. Por ser fim de tarde, o banheiro ganhava uma iluminação toda especial que vinha da parede vazada com aqueles blocos de vidro, o que dava um ar, digamos, mais intimista à ação que estava por vir.

A cabine em si era simples, formada pelos indefectíveis azulejos brancos que, dessa vez, não iam até o teto e sim, paravam nos detalhes de madeira do bar. O sistema de papel higiênico também era interessante, pois não era à base de rolo. A partir de uma espécie de mini papéis-toalha, tinham a mesma textura de papel higiênico e eram retirados de um suporte colado na parede. É um sistema que certamente evita desperdícios, contudo, pode ser problemático em casos mais extremados. Triste fim mesmo teve o antigo porta-papel que, destruído, acabou virando um cinzeiro, onde jaziam várias queimaduras de cigarros.

O barulho do mar batendo nas pedras e a maresia tornavam as coisas ainda mais naturais, o que me estimulou a terminar sem demora as atividades. Voltei à mesa tranquilo e certo que poderia fazer uma visita ali novamente, sempre que precisar.

Cotação: 3,5 privadas.

PS: em breve fotinhas do local.
PS2: videogame que já não sabia jogar patacas, substituído pelo PS3, que devo saber menos ainda...