quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Bar Manga Real - Campinas/SP



Vida nova de novo em 2009. Em um ano onde a rotina passou longe, nada como celebrar minha primeira semana em Campinas de uma forma insólita: em um happy hour no bar Manga Real, em plena segunda-feira.


Ao chegar, meu amigo que gentilmente me ofereceu guarita nestes primeiros tempos, gentilmente já me esperava numa mesa com dois copos de uísque com Cola-Cola ou, simplesmente, whiscola para os mais iniciados. Logo em seguida chegariam outros companheiros de copo, para uma noite de muita música sertaneja, quitutes e boas risadas.


Eram, sem dúvida, novos tempos. Nada como estar entre amigos, em uma terra que já conhecia de outrora. E de tantos banheiros que usei e abusei, antes de iniciar o Já Caguei Aqui. Portanto, usar o banheiro da casa naquela noite, não era apenas uma questão de sair do aperto: era também um acerto de contas com o passado.




Nesse momento, o movimento do bar já começava a crescer e, nos banheiros localizados ao lado do palco, não era diferente. Entrei no masculino e de cara vi as duas cabines onde poderia realizar meu trabalho. A primeira delas, de tamanho normal estava ocupada, o que me sobrou, novamente, a reservada a deficientes físicos. Não pude deixar de pensar em um certo déjà vu na situação. Mas, no final, percebi que aquele vaso era perfeito para mim, pois naquele momento estava com necessidades bem especiais.


Sendo assim, entrei e aproveitei o amplo espaço interno da cabine. As barras de acesso, contudo, davam a impressão de estarem um tanto carcomidas pela ferrugem. Outra decepção foi encontrar o compartimento onde ficaria os papéis para assentos vazio. 




O restante da decoração era formada por azulejos pretos, meia-barra, que combinavam  com o piso, de coloração mais azulada. Logo acima da barra e do vaso onde me encontrava, havia um registro, que acabou sendo prático deveras na hora de pendurar a jaqueta que prendia meus braços ali. Feitas de fórmica de cor neutra, as cabines eram simples, tal qual a sua tranca. O interessante era o vão entre a cabine e o chão que, apesar de sua base estar enferrujada, podia ser de grande valia, na hora de pedir um pouco de papel higiênico, numa eventual emergência.



Saí de lá com sensação de ter acertado minha dívida com os banheiros campineiros, com o garbo e elegância que me é peculiar. Agora é questão de encontrar todos os outros e pagar com juros e correção sanitária.


Cotação: 3 privadas*

*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ribeirão Shopping - Ribeirão Preto/SP



Últimas horas em Ribeirão Preto, após um mês de peripécias, boas histórias e muito trabalho. Estava numa correria danada, fazendo malas, pagando contas, enfim, levantando o acampamento para resolver tudo antes do meio-dia e pegar a estrada para a longa viagem de volta.


Apesar do saldo positivo da experiência, sentia naquela manhã de segunda uma certa melancolia, que só fazia crescer, à medida que as horas passavam, chegando ao ponto de ficar desconfortável. Foi quando percebi que não era melancolia o que estava sentindo. Tudo não passava de um mais chamado do meu corpo para que a natureza seguisse seu curso.


Como estava tirando dinheiro para os 2578 pedágios entre Ribeirão Preto e Santos no Ribeirão Shopping, aproveitei o ensejo para visitar um dos muitos banheiros do local. Pela proximidade de casa, já havia percebido o potencial daqueles lavatórios mas, até então, nada digno de um relato. Entretanto, quis o destino que, logo no último dia, eu encerrasse minha aventura na califórnia brasileira em grande estilo.


Como todos eram iguais em tamanho e estilo, optei por entrar no primeiro que eu achei. Era um belo de um sanitário, grande e espaçoso. Logo à esquerda de quem entra, estão cerca de 15 mictórios, bem distribuidos e divididos por uma parede; as pias e as cabines, mais à direita. Ao entrar na primeira que vi disponível, a primeira decepção: sujo. Ainda estava cedo, mal havia passado das 11h e já estava naquele estado, todo molhado. O bom é que não faltavam cabines, deviam ter outras dez disponíveis, então parti tranquilamente para a seguinte. 




Esta, mais limpa, já estava mais de acordo com o que eu esperava. Espaçosa, possuia pisos e azulejos de qualidade e modernos, como o próprio shopping. Continha, também, logo acima da cabeça, uma prateleira de granito, do mesmo material das divisórias entre uma cabine e outra. O porta papel higênico e o lixinho, apesar de não ser novidade, ornavam muito bem no conjunto da obra. Fiquei impressionado deveras com a válvula da descarga, meio high-tech, que não decepcionou na hora de ser acionada. Por último, a luz indireta e a música ambiente davam um ar mais intimista, num momento que tudo que você mais quer é estar consigo mesmo.




Dei descarga na minha melancolia e saí de lá com corpo e espírito mais leves. Foi com essa sensação que deixei o Ribeirão Shopping e, horas mais tarde, a cidade de Ribeirão Preto, certo do dever cumprido e pronto para novas aventuras, em busca da latrina perfeita.


Cotação: 3,5 privadas*

*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo!