quinta-feira, 24 de junho de 2010

Hard Rock Café – Recoleta, Buenos Aires/Argentina


Quando achava que havia reportado todas as minhas visitas pelos banheiros da terra de Maradona, eis que me deparo com essas fotos do penúltimo dia de viagem, em um lugar que tinha curiosidade em conhecer desde a minha adolescência: o Hard Rock Cafe.

Lembro saudoso dessa época, em que era moda entre a molecada usar camisetas do Hard Rock Cafe dos mais variados lugares, como Paris, Los Angeles, Las Vegas, entre tantos outros. Muitos realmente tinham a oportunidade de ir ou tinham parentes que traziam de presente, mas a maioria mesmo a gente sabia – era comprada nas melhores lojas piratas do ramo. Acho que a sinceridade seria muito mais divertida e eu até teria uma camiseta do Hard Rock Brás.

Venenos e divagações à parte, fiquei louco quando descobri que já tinha ido a Buenos Aires e sequer tinha sabido da existência do famoso bar, fato que resolvi compensar dessa vez.

Chegando ao local, as minhas expectativas foram sobejamente preenchidas. Era uma espécie de “pub família” onde podia-se ver várias mesas com famílias com filhos pequenos, nas quais os pais ensinavam desde cedo aos infantes o valor do verdadeiro rock n’roll. Devidamente instalado, acertei o pedido, beberiquei uma caipirinha já saudoso do Brasil e fui agregar mais uma lembrança inesquecível para aquele evento especial, ou seja, ir ao banheiro.

As instalações ficam subindo as escadas. Dali, além de uma visão geral de tudo, percebi que o bar era maior do que eu pensava, com uma parte dele fechada com mais mesas à disposição. O clima meio pub também se demonstrava na decoração do banheiro, com uma porta de madeira escura, bem sóbria. Sobriedade esta que também percebi ao adentrar o recinto, tanto pelos pisos e azulejos, bem como em todas as cabines.


Assim como o restante do banheiro, a cabine que eu escolhi aleatoriamente estava bem limpa. Ali dentro, pude constatar que a decoração mais sóbria também pode ser chamada de antiga, visto que o assento já sentia as marcas do tempo.


Tirando isso, entretanto, o resto estava muito bem conservado. Na porta, nenhuma pichação. A lixeira em aço escovado colada à parede, dava um toque de modernidade e combinava com o porta papel higiênico logo acima e a válvula de descarga.


O que destoava daquilo tudo era a qualidade do papel higênico. Praticamente transparente, ainda por cima era uma verdadeira lixa, digna de barzinhos, daqueles mais vagabundos. É uma economia na base da porcaria, visto que por causa disso somos obrigados a usar mais papel para uma higiene decente.


O movimento, praticamente nulo, me permitiu tirar fotos sem maiores transtornos. Assim, deu para perceber o aspecto meio “camarim” do espelho de frente às pias.


Cumpri meu objetivo e na saída, descobri mais uma curiosidade argentina que poderia ser muito útil no Brasil. Na parede havia uma espécie de medidor de nível alcoólico. Você coloca uma moeda e assopra na máquina, provavelmente numa piteira descartável. Deixei o banheiro pensando como isso seria útil em tempos de lei seca e que o tempo de sexo e drogas estão cada vez mais longe do rock n’roll.


Cotação: 4 privadas*.
*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aeropuerto Ministro Pistarini – Ezeiza/Argentina


Após gostosos 5 dias na capital porteña, era chegada a hora de retornar para a vida real. E, se a ida foi longa, a volta foi mais ainda já que descobri que o voo que eu pegaria havia atrasado. Era tudo o que eu queria. Ficar rodando tal qual peru bêbado, primeiro no saguão do aeroporto, depois dentro do free shop até não aguentar mais.

Olhando pelo lado bom, consegui resolver toda a burocracia de receber o dinheiro dos produtos tax free, fazer o resto das compras que faltavam com calma e ter tempo de sobra de sentar e descansar dentro do setor de embarque. Ou melhor ainda, ir ao banheiro e sentar no vaso mais próximo.

Tenho que admitir que gostaria de ter esperado para realizar minhas atividades, dentro do avião, vide o “quase” da ida. Contudo, nessas coisas a sua vontade vem em segundo plano. Dessa forma, fui à procura de um trono para chamar de meu e os achei ao final do free shop, em um corredor à esquerda.

Assim que o vi, pensei com meus botões, “finalmente um banheiro decente”. Tinha um certo movimento e assim mesmo mantinha o seu asseio. Assim que entro reparo, à esquerda, a disposição das coisas: pias à direita, cabines à esquerda e, nos mictórios ao fundo, um turista acidental.


Acabei por entrar na primeira cabine que vi aberta. Também limpa, lembrava muito alguns banheiros de shopping center. Tinha piso em porcelanato, assim como suas paredes, com lajotas grandes que subiam até a altura da porta. Para evitar o problema com bagagens, providenciava em sua porta um ganho providencial onde pude pendurar minha mochila tranquilamente.


A iluminação era aprasível e indireta, via aqueles spots de teto. Dava para reparar a ventilação presente para os incautos que tivessem quaisquer revertérios de chorizos e afins. O papel higiênico, daqueles de rolos, não era o melhor, nem o pior que já usei. A descarga também era comum, sem nenhuma inovação. Agora, logo ao lado do vaso havia uma espécie de aparelho com uma mangueira ligada ao vaso, que nunca havia visto em lugar nenhum.


Fiquei olhando aquilo, tentando entender a sua utilidade enquanto terminava meus afazeres. Dúvida essa que levo até hoje e até a próxima vez que voltar a Buenos Aires, em mais um relato do Já Caguei Aqui.

Cotação:

3,5 privadas*

*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo.