sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aeropuerto Ministro Pistarini – Ezeiza/Argentina


Após gostosos 5 dias na capital porteña, era chegada a hora de retornar para a vida real. E, se a ida foi longa, a volta foi mais ainda já que descobri que o voo que eu pegaria havia atrasado. Era tudo o que eu queria. Ficar rodando tal qual peru bêbado, primeiro no saguão do aeroporto, depois dentro do free shop até não aguentar mais.

Olhando pelo lado bom, consegui resolver toda a burocracia de receber o dinheiro dos produtos tax free, fazer o resto das compras que faltavam com calma e ter tempo de sobra de sentar e descansar dentro do setor de embarque. Ou melhor ainda, ir ao banheiro e sentar no vaso mais próximo.

Tenho que admitir que gostaria de ter esperado para realizar minhas atividades, dentro do avião, vide o “quase” da ida. Contudo, nessas coisas a sua vontade vem em segundo plano. Dessa forma, fui à procura de um trono para chamar de meu e os achei ao final do free shop, em um corredor à esquerda.

Assim que o vi, pensei com meus botões, “finalmente um banheiro decente”. Tinha um certo movimento e assim mesmo mantinha o seu asseio. Assim que entro reparo, à esquerda, a disposição das coisas: pias à direita, cabines à esquerda e, nos mictórios ao fundo, um turista acidental.


Acabei por entrar na primeira cabine que vi aberta. Também limpa, lembrava muito alguns banheiros de shopping center. Tinha piso em porcelanato, assim como suas paredes, com lajotas grandes que subiam até a altura da porta. Para evitar o problema com bagagens, providenciava em sua porta um ganho providencial onde pude pendurar minha mochila tranquilamente.


A iluminação era aprasível e indireta, via aqueles spots de teto. Dava para reparar a ventilação presente para os incautos que tivessem quaisquer revertérios de chorizos e afins. O papel higiênico, daqueles de rolos, não era o melhor, nem o pior que já usei. A descarga também era comum, sem nenhuma inovação. Agora, logo ao lado do vaso havia uma espécie de aparelho com uma mangueira ligada ao vaso, que nunca havia visto em lugar nenhum.


Fiquei olhando aquilo, tentando entender a sua utilidade enquanto terminava meus afazeres. Dúvida essa que levo até hoje e até a próxima vez que voltar a Buenos Aires, em mais um relato do Já Caguei Aqui.

Cotação:

3,5 privadas*

*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Hooters – Puerto Madero, Buenos Aires/Argentina


Último dia de 2009 e lá estava eu novamente na capital argentina, já dentro do clima de Ano Novo. Uma viagem inesquecível em vários sentidos e que começou oficialmente com o retorno a um de meus lugares favoritos em Buenos Aires: o Hooters, em Puerto Madero.


Para quem não conhece, o Hooters é uma cadeia de restaurantes com filiais em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, em que o principal atrativo, além das famosas chicken wings, são as garçonetes usando apenas shortinho e camisetinha. Sempre simpáticas, ainda arriscam algumas performances, ao som de músicas animadas. O que à primeira vista poderia ser algo muito bom, não chega a tanto – os shortinhos são americanos, estilo fraldão, as chicas bem mirradinhas e as performances são bem inocentes. Mesmo assim, o ambiente é bem divertido e a comida é ótima.

Era nesse clima gostoso que faria meu último almoço do ano. Uma vez feito o pedido, finalmente pude começar a desacelerar, relaxar e curtir a viagem. Foi nesse momento de puro lirismo e contemplação, olhando para o Rio da Prata que tive o pensamento “preciso ir ao banheiro”.


E assim foi. A decoração do Hooters preza pelo espírito meio praiano, com paredes revestidas de madeiras, tudo bem informal. Já o banheiro me pareceu um pouco mais debilitado do que eu pensava. Talvez pelo fato dele ter uma alta frequência diuturnamente ou ainda não ver uma reforma desde sua inauguração, as instalações deixavam a desejar.


Logo à direita em um cantinho havia os mictórios com um quadro com a página de esportes do jornal do dia. O ideal seria um quadro para cada, afinal todo homem sabe quão inconveniente é estar lá de pé, ao lado de outro homem olhando para o seu lado. Aliás, vale a dica de colocar algum quadro do tipo nas portas dentro das cabines. Quem não gosta de uma leitura para distrair as ideias enquanto está sentado por ali, né?


Divagações à parte, a cabine, assim como todo o banheiro era revestida por azulejos brancos, daqueles mais antigos, do chão até o teto. O piso também parecia estar lá desde que reinauguram o local. Os detalhes em madeira vinham do gabinete abaixo das pias e das divisórias e das portas de cada cabine.

O vaso em si também era marcado pela simplicidade, assim como o assento e o cesto de lixo, daqueles se encontram numa loja de R$ 1,99. A descarga era um botãozinho na parede, bem diferente das nossas válvulas locais, mas que deve ter uma pressão bem fraquinha, vide o cartazete logo acima dele.


Apesar da ótima comida e do clima gostoso, os banheiros do Hooters me deixaram um tanto decepcionado. Nada que me impeça voltar ali, a menos que precise usar desesperadamente seu banheiro.

Cotação:

2 privadas*
*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Aeropuerto Silvio Petirossi – Asunción/Paraguay


A primeira reação das pessoas quando você diz que vai passar o Réveillon fora do país geralmente é “que chique, hein?”. Nesses casos, geralmente uso meu ar blasé e respondo “por que, não é normal?”. Mal sabem elas que, quando se é alternativo, as coisas mudam um pouco de figura: para viabilizar economicamente mais esta ida à bela Buenos Aires, a saída era pegar um voo com uma escala de 6 longas horas durante a madrugada em Assunção, Capital do Paraguai.

Tirando a fila absurda no check-in da TAM no dia 30 de dezembro, o embarque em Guarulhos aconteceu sem maiores alardes. A previsão era de cerca de 2 horas de viagem até lá e, ao final delas, já estava pronto para usar o banheiro do Air Bus. Porém, o alto fluxo de passageiros, ligado ao fato de, logo na minha hora, o avião entrar em turbulência me impediu a façanha. Mal sabia eu que o destino me reservava algo muito mais interessante.

Ao pisar em terras paraguaias, percebi que o principal aeroporto daquele país tinha um quê de rodoviária, sem ar-condicionado e muitos ventiladores. Minha esperança de passar boa parte do tempo de espera no free shop também foi por água abaixo quando vi todo o saguão de lojas fechado. Seria uma espera pior do que eu pensava. Para compensar, ao menos o banheiro, próximo de um quiosque de produtos Habanna, estava aberto e à minha disposição.



Pela decoração, era de se supor que o banheiro não havia passado por uma reforma, desde sua inauguração. Não era de todo mal, contudo eram perceptíveis as marcas do tempo, nas manchas dos espelhos ou nas faltas de ralos e espelhos de interruptores. Logo após as pias, estava o corredor com as cabines à minha esquerda e os mictórios à direita. Acabei por escolher o segundo deles de forma aleatória e entrei. De uma certa forma, foi uma escolha inesquecível.


Como todos sabemos, já peguei uma certa bagagem em banheiros de aeroportos, vide minhas aventuras em Congonhas e Fortaleza. Mas não sei, quiçá por ser o meu banheiro internacional, achei tudo muito pitoresco. As instalações em si eram simples e não deixavam nada a desejar. Vaso, porta, lixinho, tudo dentro dos conformes. Não estava um primor de limpeza, é verdade; no entanto, percebi que os piores culpados eram os próprios usuários. Afinal, quais as chances de você ter que usar um papel higiênico todo furado com queimaduras de cigarros?

Outro fator muy entretenido da experiência foram as pichações que encontrei ali, uma mais divertida que a outra. Tinha ranking de companhias aéreas, declarações de amor para as aeromoças da TAM, rabiscos em geral, um verdadeiro tratado antropológico daquele microcosmo.



Era a leitura que eu precisava para que eu pudesse terminar minhas atividades ali de forma tranquila. 31 de dezembro ainda estava em seus primeiros minutos e eu, com o perdão do trocadilho, já estava cagando para aquela escala no Paraguai. É, seria uma espera entediante mas, definitivamente, sem apertos.


Cotação:

2,5 privadas*
*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Posto Rede Bandeirantes, Rodovia Ayrton Senna – Mogi das Cruzes/SP

Todo mundo tem sonhos. Muitos querem ser astronauta, outros presidente e alguns malucos querem ser correspondentes do JCA. 

Hoje o sonho de um deles torna-se realidade. Gláucio Machado, fã ardoroso da proposta do blog, sempre foi ávido por participar com suas histórias. Depois de convencido de seu potencial e de muitos e muitos testes e provações, a espera valeu a pena. Apresento abaixo o seu debut. Que seja o primeiro de vários. Enjoy!

Por Gláucio Machado, correspondente.

“Não foi fácil me tornar um correspondente oficial do JCA. Além de muita conversa com o dono da “bagaça”, também foi necessário relatar diversas situações (algumas bizarras, outras mais ainda) para poder obter este importante cargo. Pra começar o trabalho, relatarei a experiência que tive ao utilizar o banheiro da rede Postos Bandeirantes.

Como trabalho com Pós-Venda, maior parte do meu trabalho é feito nas ruas, ou seja, ando mais do que notícia ruim e, consequentemente, conheço diversos locais que são o objeto principal de avaliação deste famigerado blog.


Ao visitar um cliente em Mogi das Cruzes, resolvi fazer um pit-stop no “último posto da Rod. Ayrton Senna” (como já indicava uma placa alguns quilômetros antes) para tomar um simples café expresso. A parada foi feita no Posto BR, localizado no Km 29 dessa rodovia.


No momento em que pedi meu cafezinho, percebi que a parada não seria tão rápida e simples assim. Após tomar o café, me dirigi até o carro para deixar alguns pertences como carteira e celular, pois não queria ser perturbado neste momento tão sublime.

Ao entrar no banheiro, a primeira impressão foi sensacional, pois se não me falha a memória, este banheiro foi reformado há algum tempo e o mesmo encontrava-se limpo e com um aroma agradável. Além da iluminação do banheiro, a iluminação natural ajudava a manter o banheiro bastante claro.

A escolha da cabine foi bastante simples. Sempre escolho a que penso ser a menos utilizada, ou seja, a última cabine. Penso isso, pois se alguém quer praticidade e agilidade, a escolha será sempre a que estiver mais perto. Puro engano: logo que entrei, vi que o cesto de lixo estava quase cheio, porém isso não iria atrapalhar o rendimento do meu objetivo.


Não havia protetor de assento nas cabines, mas a escolhida não se encontrava suja e nem com o chão molhado. Ponto positivo para o local.

Devido às condições do local imaginei que seria um descarrego tranquilo, porém, a vida é mesmo uma caixinha de surpresa e NUNCA que eu ia imaginar que o maldito assento estava quebrado. Ao sentar (ou tentar ficar sentado), comecei a sambar mais do que as musas de baterias do carnaval.


Após encontrar o baricentro e estabelecer o equilíbrio entre corpo e assento quebrado, passei a me concentrar ao trabalho que fui fazer. Algo que me chamou a atenção foi a limpeza da porta. Não havia nenhum anúncio como ocorrido no post de novembro de 2008 e a funcionalidade da tranca estava perfeita.

 
Apesar do contratempo do assento quebrado, o objetivo principal foi alcançado. Saí do local mais leve e pronto para continuar a minha viagem”.

Cotação: 3 privadas*
*Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Cine Bombril – São Paulo/SP



Era mais um domingo tranquilo em São Paulo e, sem muito o que fazer após um gostoso almoço nos arredores da Avenida Paulista, tive a feliz ideia de dar um pulo no Conjunto Nacional. Além de dar um toque cultural àquele dia livre passeando pelas livrarias do local, de quebra ainda conheceria o Cine Bombril, onde estava passando a película argentina, “Um namorado para minha esposa”. Era tudo que eu precisava naquela tarde gostosa de novembro: ver um filminho alternativo e responder a um chamado da natureza que já se tornava incômodo deveras.
Ingresso comprado com certa antecedência na bilheteria, tive tempo de sobra para dar início à minha sessão particular. Considerando que aquela era a primeira sessão e dado o nome do cinema, era de se esperar que eu encontrasse tudo muito limpo e realmente assim foi. A surpresa mesmo foi descobrir logo na entrada que o banheiro era temático, no melhor estilo Guerra nas Estrelas, tendo como astro uma versão cartoon do Garoto Bombril, vestido de Luke Skywalker.
Dentro do banheiro o clima era o mesmo, todo adesivado e, claro, fazendo propaganda dos produtos de limpeza. Mundinho Blue Bus à parte, as instalações eram bem espaçosas, com os mictórios na minha direita, a pia com o espelho à esquerda e as cabines, ao fundo. A cor predominante, não poderia ser diferente, é o branco do porcelanato das paredes e do chão, ressaltando mesmo o asseio do local. 
Já na cabine, fiquei feliz no momento em que vi o papel para o assento, bem acima da caixa d’água do vaso. O papel higiênico, daqueles de rolo, deixava a desejar, apresentando uma textura um pouco melhor do que papel de pão. 
Creio que foi a única grande decepção do local. De mais a mais, era tudo bem arrumado: luz indireta, lixinho de plástico também branco e a fechadura um pouco mais modernosa, o que denotava que nada dali era muito antigo.
 Uma experiência que, se comparada à que tive no Espaço Unibanco ali perto, seria o mesmo que sair de um filme trash para um campeão de bilheteria.

Cotação: 4 privadas*
* Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!  

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Posto Rede Graal 56, Rodovia dos Bandeirantes – Jundiaí/SP



Dando continuidade à série de visitas entre os principais estabelecimentos de conveniência entre Campinas e São Paulo, dessa vez tive o prazer de conhecer um dos postos que me inspiraram a criar esse projeto nas minhas idas e vindas pelo sistema Anhanguera – Bandeirantes: o Graal 56 NYC Burguer.

Ao contrário dos outros postos da rede, este tem uma temática toda especial, inspirada nas antigas lanchonetes dos Estados Unidos, o que dá um charme todo gringo ao local. Logo à entrada um legítimo cab nova-iorquino nos dá as boas-vindas. Contudo, não estava ali para experimentar o hambúrguer e sim para deixar a natureza seguir seu curso antes de seguir viagem. Por isso mesmo, fiquei satisfeito deveras em encontrar os banheiros logo no corredor principal.

A decoração retrô me acompanha também para dentro do banheiro. Assim que entro, dou de cara com uma foto de James Dean. Não pude deixar de imaginar como seria a versão feminina. Será que seria recebido pela Marylin?

Amplo e bastante limpo para o horário – eram cerca de 20 horas – o banheiro atende bem as minhas expectativas. Um funcionário terminava de limpar um dos cantos, o que apenas comprovava o asseio do lugar.

Do salão principal vejo uma série de cabines para a minha escolha. À esquerda ficavam as pias e os espelhos. Essa mistura de clássico e moderno tornava o ambiente clean e agradável.

Dentro da cabine, não era diferente. Todo branco, à base de porcelanato nas paredes e no chão ele é espaçoso e confortável, mesmo com o vaso e assento mais simples. Para dar um charme a mais, tanto a válvula como a latinha de lixo eram cromadas, dentro ainda do clima retrô. O papel higiênico, de rolo também não deixava a desejar. Para completar, ainda havia uma prateleira para malas, objetos pessoais e afins.


 Meu pit-stop ali foi resolvido sem maiores sobressaltos. Satisfeito, saí com a certeza que a visita valeu a pena e que encontrei ali um lugar agradável e tranquilo para qualquer emergência que eu possa ter na estrada. Apesar de, na próxima vez, querer ir lá mais para conhecer o famoso hambúrguer do NYC.

Cotação: 4 privadas*
* Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bracarense – Rio de Janeiro/RJ


Feriado de Finados só é completo de verdade quando chove. Era isso que eu pensava, enquanto decidia o que fazer naquele domingo de tempo encoberto, antes do dia 2. Era ainda início de tarde, então, resolvi aproveitar para conhecer o bairro com o maior número de Helenas por metro quadrado do mundo, o Leblon. Percorri suas principais ruas, curtindo os encantos do lugar e, no momento que a fome começou a bater de verdade, tive a ideia de ir a um dos bares mais famosos da cidade, ali nos arredores: o Bracarense.

Pela sua fama, esperava um pouco mais do bar, contudo, até ele que tinha o seu valor, dado o número de pessoas que lotavam as suas mesas. Por sorte nem precisei esperar muito e logo estava bem acomodado. Mesmo com a paulistana garoa que insistia em cair, o clima era ótimo e, pelo andar da carruagem, percebi rapidamente que acabaria por passar o resto da tarde ali. E, entre um quitute e outro, entre uma caipora e outra, tive também a certeza que acabaria usando o banheiro dali.

Dito e feito. Quando chegou o momento, tive que pensar em toda a estratégia para chegar até ele, visto que teria que driblar algumas mesas que fechavam a passagem, além das várias pessoas de pé ao lado do balcão que eu teria que contornar até o meu destino. Considerando o aperto, meu e do boteco, consegui chegar lá sem maiores percalços.


Considerando o pouco espaço, até que as instalações não eram de todo mal. Simples, porém completo, possuía pia, papel toalha, espelho e tudo o mais. Praticamente grudada à pia, estava a porta da cabine. Esta, também minúscula, era formada por uma placa de mármore, enquanto o restante do quadrilátero, estava revestido de azulejos que iam até o teto. Ao abrir a porta, constatei que o vaso ficava de lado, comprovando a total otimização de cada centímetro ali.


A limpeza não estava das melhores, provavelmente por causa da chuva, o que causava bastante umidade no banheiro por inteiro. O papel era daqueles que já vem em pedacinhos e de boa qualidade. No teto, havia um exaustor para livrar o ambiente de ares mais pesados. Não era o meu caso e poderia ter até ter terminado meus afazeres sem maiores problemas, não fosse o fato de entre a porta e a placa de mármore haver um vão bastante incômodo, que fazia que eu visse quem estivesse lá fora e – pior – vissem o que eu estava fazendo lá dentro. Isso meio que inibiu um pouco o processo, mas também não impediu a sua conclusão.


Apesar de não ser nem o local, nem o banheiro mais apropriado para a realização de atividades desse porte, o Bracarense até que aguenta bem a pressão, quando solicitado.

Cotação: 3 privadas*
* Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!

PS: se a Pepsi gostar da propaganda gratuita e resolver me patrocinar de verdade, é só entrar em contato que a gente conversa ;)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pão de Açúcar – Rio de Janeiro, RJ


Ah, o Rio de Janeiro, cidade maravilhosa e todos aqueles clichês bossanovísticos. Palco da final da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Antiga Capital do país e com tantos atrativos e belezas naturais que, ao menos uma vez na vida é preciso conhecer. A minha chegou no último feriado de Finados e aproveitei a ocasião, para conhecer seus principais cartões postais naqueles três dias. Entre os vários programas de turista, estava a visita ao Pão de Açúcar, nossa primeira parada.

Apesar do preço salgado – 44 reais por cabeça – o lugar estava lotado, mesmo com o tempo um tanto nublado. E vale a pena. Sabe aquelas vistas do Rio belíssimas que vemos em todas as novelas do Manoel Carlos? Pelo menos, metade delas são filmadas ali (a outra metade, provavelmente, são feitas a partir do Cristo Redentor). Além da visão ser ainda melhor ao vivo, a estrutura do complexo também não deixa a desejar. São diversas cadeiras e mesas de madeira, anfiteatro, lojas de souvenires, bares e, claro, banheiros.

Sinceramente, nem pensava nessa possibilidade, encantado que estava ali. Só sei que, após sair do segundo bonde, lá no topo da montanha, quando me deparei com as placas indicativas do recinto, em português, inglês e espanhol, bateu aquela vontade de conhecê-lo in loco. E, dessa vontade, veio outra, literalmente de minhas entranhas, para tornar este desejo realidade. Ato contínuo, deixei a mesa onde estava e fui ao encontro do meu destino.
A primeira coisa que reparei ao entrar foi a quantidade de homens que entravam e saíam constantemente. Entretanto, o que poderia parecer um problema, ali era controlado por uma limpeza constante, feita por um funcionário que lá estava durante toda a minha estada ali. A decoração também era sóbria, com pisos negros e com brilho. Todo o recinto tinha um aroma gostoso e não aqueles que geralmente sentimos em sanitários masculinos.


Já dentro da cabine, não era diferente. Pelas cabines, dava para se notar que o banheiro havia sofrido uma reforma, dado o estilo da trava, mais modernas, e a divisórias, imaculadas, de compensados brancos. O vaso, de mesma cor, assim como o assento, eram simples e funcionais.


O cesto de lixo e o porta-papel higiênico não comprometiam, por seu turno. Enquanto terminava meus afazeres, via pelo brilho do chão o funcionário maniacamente passando mais um paninho no chão, tamanho o esmero.


A nota triste deste relato é de não ter conseguido, infelizmente ter tirado uma foto do vaso, dado o volume de pessoas lá dentro. De qualquer forma, saí de lá satisfeito em saber que um dos cartões postais mais famosos do mundo tem um banheiro tão bem cuidado.

Cotação: 4,5 privadas*
* Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Posto Rede Lago Azul - UPDATE

Atendendo a inúmeros pedidos que não foram feitos, voltei até o Lago Azul e tirei a fotinha que faltava da exata cabine onde realizei meu último post. Enjoy!



PS: e só não usei de novo porque iria visitar um outro no caminho. Mas isso é outra história, em breve contada aqui ;)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Posto Rede Lago Azul, Rod. Anhanguera, km 72 – Louveira/SP


Nessas idas e vindas de São Paulo quase que semanais, não pude deixar de notar as várias redes de estabelecimentos de conveniência que permeiam o sistema Anhanguera – Bandeirantes, entre Campinas e São Paulo. Percebendo essa oportunidade de mapear esses banheiros de beira de estrada, eis que resolvi dar início uma série de visitas que, caso a natureza permita e eu estiver ao volante, será a primeira de muitas.

Essa primeira deu-se numa manhã de sábado que, na pressa de sair, vi que não teria dinheiro suficiente para pagar os muitos pedágios até a pauliceia. Então, após o pagamento do primeiro deles, fiz uma parada estratégica em um dos postos da rede Lago Azul, em Louveira, para fazer uma retirada. E, aproveitando o ensejo, um depósito pra lá de especial.

As instalações do local impressionam. Junta não somente posto de gasolina e lanchonete/restaurante, mas também hotel, centro de convenções, capela e tudo o mais. Se não me engano esse Lago Azul é o primeiro da rede, o que lhe confere um status histórico. Entrei no restaurante e encontrei de cara os caixas eletrônicos no corredor. Continuando por esse corredor finalmente encontrei os banheiros, bem lá no fundo.

Dada a distância, se estivesse realmente apertado estaria com problemas. Contudo, valeu a caminhada. As instalações são bem amplas, o que me lembrou até aqueles banheiros de clube ou de academia. O movimento estava bem tranquilo e pude entrar na primeira cabine que eu vi.

De pronto vi em alguns detalhes o cuidado com o viajante, principal público do local. Havia uma cestinha, tipo porta-treco de um lado da parede e do outro, logo acima do papel higiênico um apoio para pendurar casacos e afins. O mármore do chão e os azulejos da parede denotavam sua idade, talvez pelo fato de ser ali o mais antigo posto da rede; porém estavam limpos e em bom estado.



Entre as paredes de granito existem pequenos vãos, que podem ser úteis quando você é pego numa emergência sem papel e pode pedir um pedacinho ao lado do vizinho. O rolo de papel e o lixinho eram funcionais e não apresentavam nada de inovador. A porta, branca, também resistia imaculada, mesmo com a alta frequência de visitantes que se aliviam ali, ávidos por deixar suas mensagens para a posteridade.

A única curiosidade foi após dar a descarga, quando saí e notei que havia apenas um porta-protetor de assento do lado de fora das cabines. Talvez fosse o caso de ter, ao menos, mais um na outra extremidade do local. De qualquer forma, deve ser um pouco constrangedor pegar seu protetor discretamente antes de entrar e fazer o que tem que fazer lá dentro.

Cotação: 3,5 privadas*
* Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!

PS: Que puxa, esqueci de fotografar o vaso de novo! Em breve novas fotinhas ;)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Empório Dona Bella - Campinas/SP

Fim de tarde gostosa de um sábado que me rendeu muito trabalho e uns caraminguás a mais no final do mês. Missão cumprida, cansado e sedento, lembrei-me que alguns amigos estavam aproveitando o dia de forma muito mais divertida desde a hora do almoço no Empório Dona Bella e resolvi encontrá-los em um pit-stop. Ou melhor, um splash n’go, uma vez que não só recuperaria as energias, mas também bebericaria o chorinho da garrafa de Red Label que resistia bravamente na mesa deles.

Cheguei um pouco depois das 17h, com a vã esperança de provar a deliciosa feijoada do local, porém tudo que encontrei foi o sertanejo rolando no palco ao vivo e meus amigos esbanjando simpatia, especialmente com minha chegada surpresa ao local. Rapidamente, já estava de copo na mão, saboreando meu whiscola, quando percebi que poderia fazer algo mais que apenas curtir aquele mini happy hour.

Pelo adiantado da hora e pelo volume de marmanjos que já poderiam ter estragado o vaso masculino, cheguei a cogitar se aquilo seria mesmo uma boa ideia. O problema era que eu tinha duas opções: ou deixar o bar e correr para apartamento ou encarar sentado mais esse desafio. Destarte, lá fui eu em busca do banheiro do Dona Bella.

Com muito custo, consegui passar pela barreira de pessoas no salão e chegar ao dito cujo. Composto por três mictórios e duas cabines, as instalações, em tese, não comprometem. Divida por uma parede de mármore, a cabine que eu escolhi para o ato era simples e até habitável, considerando o horário.

De lá pude constatar que a casa em si era mais velha do que eu pensava, visto o teto feito de madeira. As paredes e o chão, contudo, eram mais novos, o que mostrava que havia sido reformado, quiçá, quando da abertura do estabelecimento. A luz não era nada boa, pois a lâmpada estava de modo a iluminar apenas a parte de fora do banheiro, deixando à parte logo onde eu me encontrava. O papel higiênico, daqueles que sai aos pedaços, apesar da qualidade, não é nada prático quando se trata de forrar o assento.

Aliás, tanto ele quanto o vaso eram brancos e até simples, de certa forma. A descarga era daquelas com caixa d’água atrás o que, dependendo do movimento, pode atrapalhar o uso da cabine, após várias pessoas usarem sem dó seu vaso. Prova disso era o lixinho lotado até a boca, o que indica que posso ter escapado por pouco de uma enrascada.

Na saída, ao lavar minhas mãos, não pude deixar de notar os vários produtos de limpeza embaixo da pia, demonstrando ironicamente um pouco de falta de higiene. Creio que poderiam estar melhor estocados, longe dos olhos da clientela. Um banheiro que pode ser uma incógnita devido ao movimento, mas com um certo potencial, desde que um pouco melhor cuidado.

Cotação: 3 privadas*
*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Hibiscus, Praia de Ipioca/AL

Nada como fazer algumas loucuras bem sensatas de tempos em tempos. Foi com este espírito que eu resolvi de torrar algumas milhas do cartão fidelidade e passar dois dias de bon vivant em Maceió, a partir de uma oferta irresistível da TAM. Uma decisão que se mostrou mais que sensata naquele final de semana, estatelados ao sol, ouvindo apenas o vai-e-vem magnífico das ondas do mar.

Após conhecer o litoral sul do estado no dia anterior, aproveitei o domingo na Praia de Sonho Verde, lugar belíssimo e mais que perfeito para recarregar as energias para a segunda-feira que já me espreitava na pauliceia. Já no retorno à Maceió, resolvi de aproveitar a dica de uma amiga e visitar o Hibiscus, bar e restaurante de frente para a Praia de Ipioca.

Dentro de um condomínio fechado, o estabelecimento realmente vale a visita. É um lugar para se passar o dia, com lounges de descanso e tudo o mais para o seu conforto. O problema, na verdade, eram dois. O primeiro é que o dia naquelas bandas parece acabar um pouco mais cedo – lá pelas 4 da tarde o sol começa a ir embora e as pessoas idem. O segundo, que os garçons já não estavam com a menor vontade de atender clientes de última hora como a gente.

Com ou sem atendimento, o lugar era ótimo e aproveitei ali mesmo o final da tarde. A estrutura do lugar era tão boa que me fez lembrar que desde a outra praia estava querendo deixar uma lembrança no vaso mais próximo. Nem pensei duas vezes: antes de ser mandado embora, tratei de ir ao banheiro em frente.

Assim como o restante do restaurante, o banheiro também apresentava uma decoração rústica-chique, com vários detalhes em madeira, das portas a pedaços de troncos envernizados e usados como colunas para as cabines.

A iluminação, entretanto, não era das melhores. Talvez pelo horário e talvez pelo fato de eu não ter achado um interruptor à mão, tive que improvisar naquele ambiente à meia-luz. Nada que realmente atrapalhasse uma vez já instalado. O revestimento das paredes, meia-barra, e o chão eram de piso frio, simples, mas atuais. O vaso e o assento brancos e também o rolo de papel daqueles presos à parede também eram bastante funcionais. As duas pias logo em frente às cabines, além de um mictório solitário completavam de modo básico e eficiente as instalações.

Olhando o cardápio minutos depois de deixar aquele banheiro, percebi que os preços eram os mais salgados daquela viagem até então. E, de repente, deixei de fazer questão de ser atendido: desfrutei  da paisagem de graça e saí tal qual entrei sem pagar patacas.

Cotação: 3,5 privadas*
*sendo 1 privada, péssimo e 5 privadas, ótimo!