terça-feira, 30 de novembro de 2010

Starbar Inn Restaurante – Monte Verde/MG



Após um pequeno hiato e alguns protestos dos meus 5 ou 6 leitores durante esse período de constipação criativa, eis que o Já Caguei Aqui volta em grande estilo trazendo um post duplo, direto do restaurante mais alto do Brasil, localizado no Starbar Inn, em Monte Verde.

Recanto aprazível em meio às montanhas mineiras, Monte Verde era um cenário mais que perfeito para a realização de um desafio ímpar: conhecer os banheiros mais altos do pais.

Seria o fantasma da altitude um problema em minha busca pela latrina perfeita?

Situado há 1850 metros,  o Starbar Inn Restaurant e Pousada é uma aventura desde sua subida morro acima, numa região de preservação ambiental permanente no ponto mais alto da Serra da Mantiqueira e com diversos picos, como o Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida, que chegam a mais de 2000 metros de altura.

Como já tinha acabado de almoçar, a vontade de entrar mata adentro para conhecer ao vivo todos esses picos era simplesmente nula. Contudo, aquela estalagem era perfeita para matarmos nossa sede com caipirinhas feitas com limões da terra, sem contar a maravilhosa vista da montanhas que tínhamos ali mesmo, na própria varanda do local.

Sedentarismos à parte, enquanto saboreava minha bebida, percebi que minha visita poderia ser ainda mais gratificante. E, colocando o copo e a preguiça de lado, segui até o final da varanda onde estavam os banheiros.

O Starbar tem um clima meio rústico, meio riponga até. Possui aquele clima “Eu quero uma casa no Campo” e o banheiro não poderia ser diferente: praticamente uma casinha com duas portas, uma para cada gênero, feitas de alvenaria e com cores que já foram vivas. Provavelmente não fruto de um detalhado estudo de cores e hábitos do consumidor, mas sim porque eram aquelas que eles tinham à mão quando passaram a demão de tinta. 


A simplicidade continuava na fechadura, apenas uma correntinha safada, presa a um prego, para não pegar ninguém de calças na mão. A caixa d’água era daquelas de plástico, que encontramos em qualquer loja de material de construção, assim como seu vaso e assento, brancos e do modelo mais básico. O teto, direto na telha, proporcionava a iluminação natural, em conjunto com a janelinha.


Seu lixinho, lotado, mostrava que o lugar até que era bem utilizado, mas não cuidado o suficiente. Curioso mesmo era o banquinho, feito a partir de um tronco de árvore, que deve servir para o viajante colocar suas coisas enquanto faz o que tem que fazer por ali. Até porque não dá para imaginar alguém sentadinho esperando sua vez, batendo papo com o outro no vaso.


A pia, do lado de fora e entre as duas portas, dava o toque de classe final, com uma toalhinha de pano única para enxugar as mãos.

Quando tudo caminhava para um final de relato sem maiores percalços, eis que fui surpreendido por uma chalaça do destino: o lugar não aceitava cartão de crédito. O que poderia ser um problema, foi resolvido pela hospitalidade da atendente do local que gentilmente disse para deixarmos o dinheiro na pousada que ela própria buscaria. Tocado pela fidalguia da moça, prometi voltar no dia seguinte. E, o que poderia ser apenas um almoço inocente, revelou-se uma revanche à altura do local.

Cotação: 1,5 privada*

Dia seguinte estava eu novamente no mesmo Starbar. O domingo passava devagar e um almoço cairia perfeitamente naquele momento mágico do dia. Encontrei nossa gentil atendente que, após um sorriso de satisfação, anotou o pedido e me deixou curtindo a vista. O problema é que ainda havia algo a mais ali: o bas-fond da noite anterior dava sinais que queria sair de meu corpo. 

Um tanto contrariado por ter que repetir a figurinha do sábado, achei que fosse uma oportunidade para uma segunda opinião. Ledo engano.  Ao chegar lá, encontrei tudo como antes, menos papel higiênico. Contrariado e apertado, voltei à mesa, para logo descobrir com a atendente – que à essa altura já ganhava status de anjo – que havia um outro banheiro, dentro da pousada.


Não sei se era um banheiro coletivo do lugar e que acabou exclusivo para os funcionários ou vice-versa, mas já era totalmente diferente do encontrado no lado de fora. 


A começar que era todo em madeira, o que dava a ele um charme todo especial. Seu piso era metade com azulejos, metade com concreto cru. Simples, mas de coração.


Se o problema no banheiro de fora era papel higiênico, nesse tinha de sobra. Poderia ter um piripiri daqueles que ainda poderia pegar o restante, me enrolar e sair dali fantasiado de múmia.





O vaso já era de uma qualidade bem melhor, com a caixa d’água acoplada na parte de trás. O assento, rosado, dava um ar pueril, especialmente quando combinado com o cesto de lixo, da mesma tonalidade.


Na sua porta, pichações palhacitas detalhavam todos os nomes possíveis para o lugar, de toalete a banheiro, entre outras definições ininteligíveis.

Porém, a maior prova de que aquele banheiro já tivera outra utilidade era o seu box, bem ao lado do vaso. Daqueles mais simples, de acrílico se não me engano, me deixou intrigado o tempo todo que estive ali. Parecia ter um mundo de coisas lá dentro, fazendo às vezes de depósito improvisado. Fato este que pude comprovar, colocando a câmera por cima dele.

A pia, desta vez dentro do recinto dava um pouco mais de privacidade ao término de minhas atividades ali. A toalha, entretanto, um tanto quanto amarelada e nojenta, fez com que eu finalmente voltasse para a mesa aliviado, embora com as mãos molhadas.


Cotação: 2,5* privadas.
*Sendo, 1 privada péssimo e 5 privadas, ótima.

12 comentários:

Unknown disse...

então comeu a truta no azeite ou não?

Jessica Assis disse...

Viajamos esse final de semana para Monte Verde MG, e depois de um cpmplexo estudo efetuado por um dos integrantes do bando, fomos em busca do tão famoso StarBar e da sua truta no azeite.
O bar faz juz ao nome star, pois é junto as estrelas.
Depois da grande e longa trajetoria de carro e o restante a finalização a pé e, de quase comer poeira pois um 4X4 passou pela estrada que nem dodoi, chegamos ao bendito StarBar.
Primeiramente fomos recepcionados pelos cachorros na entrada do local, logo após nos deparamos com mais cachorros proximos as mesas, indo um pouco mais afundo, mais cachorros no sofá dentro do bar.
Almoçamos a companhia de diversos cachorros com aquela carinha de cachorro abandonado (nada agradavel).
Adoro cachorro, mas animais em restaurantes não é indicador de limpeza!
A decepção depois de tanto esforço foi nitida em nossos olhos!

A única conclusão para o caso é:
O Bar somente está aberto até hoje pois, a Vigilancia Sanitaria não consegue chegar até o Bar mais alto do Brasil...

Unknown disse...

è então todos os caes são nossos e não sentem fome..so gostam de gente ou melhor o ser que se diz humano pra eles... abrigamos todos menos cadelas no cio...rsss ai seria uma loucura...bem-vindos sempre e os cachorros e cadelas estão sempre mais bem vindos ainda...até já


Flor -Starbar- o botiquim mais alto do Brasil

Unknown disse...

desculpa algo...vcs tb sempre serão bem-vindos

Unknown disse...

OBS...agora estamos com 10 cachorros e tres gatinhos..fora os tucanos..pririquitos e papagaios e os veados e muriquis...rssss..fora as minhocas e as rapozinhas...

Na verdade nossa familia esta no Topo a 25 anos desculpa algo...as trilhas sao limpinhas e nossos pratos sao feitos na hora...diferente dos que congelam e desscongelam pos feriados que duram pelo menos 5 meses servindo vcs...somos simples e rusticos..em Monte Verde terá varias opções..e nos somos um delas...aqui aguentando e sendo banehiro publico de todas as pousadas fora as informações pois chegam todos perdidos aqui..os mapas sao desenhados e pura propaganda...bem-vindos a realidade.´pode ter certeza que daqui nossa familia cuida...

Sara disse...

Uma verdade pouco desagradável, mas acho que de alguma forma parece familiar e não tão acolhedor. Eu acho que você deveria ir comer em lugares como a figueira rubaiyat onde servem até você explodir eo serviço é excelente.

Sidney Luzio disse...

Wow! Fico um tempinho sem passar por aqui e vejo essa polêmica toda?! Esse blog fala de banheiros e só, mas na minha opinião o Starbar é parada obrigatória para quem vai em Monte Verde. E a Flor, nosso anjo nesse modesto relato, é uma atendente como poucas :))

Unknown disse...

O Starbar é um clássico absoluto em MV. Um conhaquinho antes de seguir morro acima é sempre bem vindo, e na volta truta no azeite e limonada suíça!

Sempre foi desse jeito e se mudar estraga.

Abraços!

Unknown disse...

ô seu cagão, tão observador de "merda" (desculpa mas é isso que seu blog diz) não viu que aquilo não era um banco? não tem os pés (apoios que sustentam um banco), Quer saber? vai cagar... kkkkk.
Genial.
Agora, e fora as "moitas" da pra contar de fato, o que vemos por ai.
Ao StarBar, só quem conhece de verdade sabe que as pessoas que lá trabalham (é uma empresa), (inclusive colocando o banheiro a disposição dos turistas, já que nem todos são consumidores do bar)são do bem, e claro cagões como todos.
Mas os verdadeiros cagões são os que deveriam cuidar dos banheiros públicos de MV. Esses , sequer tem c´.

Unknown disse...

legal hein...vc me parece um apreciador de banheiros ja viu a sua merda ela boia...

Construa Seu Destino disse...

Infelizmente nem todos já constituíram maturidade suficiente para construir opiniões ou críticas na Internet mas é um espaço aberto a todos então para cada um que não tem outros terão que ter por estes a tal da maturidade e tudo que vem junto com ela...

Construa Seu Destino disse...

Ta ai, 😂 que a verdade seja dita.
E sendo assim aumenta a esfera ou a seara. Passa a ser uma questão complexa que vai além somente de "Cagar" mas sim de construir, e deixar pra cagar somente na hora de cagar mesmo.
A verdadeira sabedoria constitui em resolver um problema sem arrumar outros