segunda-feira, 3 de novembro de 2008



O fim de semana do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 não rendeu fortes emoções apenas dentro da pista. Fora dela, nas idas e vindas do autódromo nos treinos classificatórios de sábado, tive a oportunidade de levar a concorrência entre dois dos principais hipermercados do país a um lugar inusitado: o banheiro.

8h30. Eu mais um amigo da agência onde trabalho fomos até o Carrefour ao lado da estação Granja Julieta, para deixar meu carro no estacionamento e seguirmos de trem para Interlagos. Além de ser uma mão na roda (sem trocadilhos) pela segurança, podemos seguir tranquilos e sem trânsito. Lá esperávamos outro amigo, que retardatário (agora com trocadilhos), ainda não chegara, quando resolvi fazer o primeiro pit stop do dia.



O banheiro em si, é como aqueles padrão de qualquer hipermercado, com seus indefectíveis azulejos brancos, espelho grande, cabines e mictórios à disposição. Pelo horário, pensei que a cabine onde entrei estaria limpa e cheirosa, contudo, já dava mostras que estava bem judiadinha. A lata de lixo estava repleta de papel e, logo em frente ao vaso, era visível uma pocinha de usuários, digamos, sem pontaria. Arrear as calças era uma operação delicada, o que realizei com o profissionalismo, garbo e elegância que me é peculiar, evitando seu contato com o solo fétido. Para completar, o papel higiênico também era do estilo lixa, bem vagabundo.

A visita não rendeu tanto quanto eu esperava e saí de lá rapidamente, ligeiramente mais leve. Apesar de toda a estrutura, fiquei um tanto quanto decepcionado com o local.

Carrefour
Cotação: 2 privadas.

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18h05. Voltando a Santos, satisfeito após o show de Felipe Massa na conquista da pole position, aproveitei para abastecer o carro para o dia seguinte no Extra. A gasolina lá é mais barata e tinha que comprar alguns quitutes para o domingo, o que unia o útil ao agradável. Para completar, tinha assuntos não resolvidos desde a manhã no Carrefour e achei que seria uma bela oportunidade de conhecer o banheiro do concorrente.



Naquele dia, o movimento estava insuportavelmente cheio dentro do hipermercado, o que me tirou a paciência para procurar qualquer coisa e enfrentar as filas quilométricas só por causa de um desodorante e um suco de caixinha. Assim, para não dar visita por perdida, fui direto ao banheiro.

Assim como no primeiro pit stop do dia, as características do recinto também não apresentavam nenhuma novidade. Porém era um pouco maior, com uma parede que dividia as pias e os secadores para as mãos das cabines e mictórios.

Mesmo com o alto fluxo de pessoas, o banheiro permanecia sem maiores odores. Aliás, parecia até que alguém havia acabado de passar um pano úmido na região das pias e mictórios. Dentro da cabine, tudo era simples e funcional, podendo realizar os trabalhos sem maiores problemas, mesmo com todo o movimento que ouvia lá fora. O papel higiênico também era simples, mas de melhor qualidade. Para passar o tempo, podia ainda me deleitar com todas a pichações que haviam na porta, transformada em um verdadeiro mural de homens oferecendo-se para aventuras sexuais, ou pensamentos já consagrados, encontrados apenas naquele momento solitário:





Aliviado e com a alma mais leve pela leitura filosófica, quiçá, antropológica na porta de banheiro, dei a bandeirada final no dia para me preparar para a histórica corrida que me aguardava em Interlagos.

Extra
Cotação: 3 privadas.

domingo, 2 de novembro de 2008

Autódromo de Interlagos




É, esse ano não deu, nem para mim, nem para o Massa. Mas não podia deixar de fazer uma menção honrosa aos banheiros químicos de lá (que não usei) e ao tal do Glock, que no final foi o único que cagou de verdade em Interlagos...