quinta-feira, 21 de maio de 2009

Espaço Unibanco de Cinema, São Paulo/SP


Era para ser apenas mais um domingo qualquer de fevereiro. Assim, após um delicioso almoço, estava de bobeira na paulicéia, quando tive a ideia de pegar um cineminha à tarde. Assim, desci a Av. Augusta e adentrei no Espaço Unibanco de Cinema, lugar simpático e sempre com boas opções de filmes.
Na programação, um filme com várias indicações ao Oscar, “Foi Apenas um Sonho”, com Leonardo DiCaprio e Kate Wislet. Parecia a opção mais interessante e também começaria em meia hora, o que uniu o útil ao agradável. Sem muita escolha, aproveitei para dar uma visitada na livraria lá dentro mesmo.
Acabou que essa espera que, em princípio, poderia ser uma maçada − maçada? Devo estar lendo muito Nelson Rodrigues – para mim fora de grande valia. Isso pelo fato de que o almoço, apesar de ótimo, tinha rebatido meio errado no estômago e já estava louco para sair. Com esse incidente em vista, totalmente fora da programação, os livros pra lá e fui ao banheiro masculino, no hall principal.

Chegando mais próximo, algo me deixou intrigado de cara: fila no banheiro masculino? Como todos sabemos, esse tipo de coisa só acontece nos femininos e já percebia nos meus companheiros de espera o mesmo pensamento. Foi aí que percebi que o banheiro era, literalmente, uma portinha, resumindo-se a somente um vaso e uma pia. Estava mais uma vez naquelas situações em que não havia escolha. Dessa forma, coloquei o constrangimento de lado e entrei para fazer o que tinha que fazer.
Lá dentro, percebi que não era tão pequeno como parecia de fora e era, até certa forma, confortável. Suas paredes, forrada por azulejos brancos, com alguns detalhes em azul, eram comuns a tantas outras, assim como o papel higiênico daqueles de rolo, protegido em um compartimento adequado.
Novidade mesmo era que, ao seu lado também havia outro, com papel especial para o assento. Ainda raro na grande maioria dos banheiros é uma opção que não apenas contribui e muito para a higiene, também evita aquela situação ridícula de ficar cortando pedacinhos de papel higiênico para colocar no assento antes de começar qualquer coisa.
Não havia janelas, apenas um sistema de ventilação que não ia dar conta certamente do que eu estava fazendo ali. Por isso mesmo, demorei um pouco mais que esperava e saí sob os olhos de reprovação da fila, imensa para os padrões masculinos. Mas pena mesmo, tive do infeliz que era o próximo da fila, que teria que enfrentar a bomba biológica que ainda pairava no ar lá dentro.

Consciente da gafe, entrei rapidamente no escurinho do cinema, em busca de um final feliz, antes do início da sessão.

Cotação: 3 privadas*
* Sendo, 1 privada péssima e 5, ótima!
PS: em breve mais fotos.
PS2: o filme em si não era tudo isso.

Nenhum comentário: